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Projeto da Estação de Tratamento de Esgoto em São Marcos avança e entra em fase decisiva

Negociação da área para instalação da ETE está em estágio final; estação será modular e pode entrar em operação em até 12 meses após o início das obras. Local analisado fica em região do Arroio Garvatá, região do bairro Michelon.

Atualizado em 15/12/2025 às 16:12, por Angelo Batecini.

Imagem de satélite do Google Maps mostra área destacada em vermelho, em São Marcos, apontada para estudos de implantação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), em área próxima ao arroio Gravatá que corta o município.

Área em destaque no mapa indica a região que está sendo avaliada pela Corsan para a instalação da futura Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de São Marcos, escolhida por critérios técnicos como escoamento por gravidade e menor impacto ambiental. Foto: Google Maps.

O projeto de implantação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em São Marcos avança para uma fase decisiva. Conforme o superintendente da Corsan, Lutero Cassol, a companhia está em etapa final de negociação da área onde será instalada a estação, passo fundamental para dar sequência às obras do sistema de esgotamento sanitário no município.

São Marcos está inserida nas metas do Marco Legal do Saneamento, que estabelece que, até 2033, os municípios brasileiros devem atingir 99% de abastecimento de água potável e 90% de esgoto coletado e tratado. A cidade já atende integralmente o abastecimento de água na área urbana e agora avança para a etapa histórica de coleta e tratamento de esgoto.

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Projeto das redes já existe e depende da definição da área

Segundo Cassol, o projeto executivo das redes coletoras de esgoto já está pronto, ao menos para os primeiros trechos que deverão ser implantados. No entanto, a execução das redes depende diretamente da definição do local da ETE.

“Não adianta ter uma malha de redes coletoras se não há onde destinar o esgoto. Por isso, a prioridade agora é concluir a aquisição da área da estação”, explicou.

A Corsan trabalha com a possibilidade de executar, de forma paralela, a implantação da estação e os primeiros trechos de rede assim que a negociação for oficialmente concluída.

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Local prioriza gravidade e menor impacto ambiental

O local considerado tecnicamente mais adequado fica na sequência do arroio Garvatá, que atravessa a cidade, em área situada após a reta da BR-116, no sentido Vacaria, no bairro Michelon. A região já está em negociação avançada com os proprietários.

A escolha segue critérios técnicos e ambientais, priorizando o escoamento do esgoto por gravidade, o que reduz o consumo de energia elétrica e torna o sistema mais sustentável.

“Quando o esgoto chega por gravidade à estação, reduzimos custos, consumo de energia e impactos ambientais. É uma solução mais eficiente e correta do ponto de vista ambiental”, destacou Cassol.

ETE será modular e poderá operar em até um ano

A Estação de Tratamento de Esgoto de São Marcos será do tipo modular, modelo já adotado pela Corsan em municípios como Gramado, Canela, Carlos Barbosa e Bento Gonçalves.

Esse formato permite que a estação seja ampliada gradualmente, conforme a expansão das redes coletoras.

“Funciona como um Lego. No primeiro momento, instalamos módulos suficientes para tratar uma bacia da cidade. À medida que novas redes entram em operação, novos módulos são acoplados”, explicou.

Após o início das obras, a previsão é que a ETE entre em funcionamento em até 12 meses, já tratando parte significativa do esgoto urbano.

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Benefícios diretos para saúde, meio ambiente e economia

De acordo com o superintendente, os impactos da implantação do sistema de esgotamento sanitário são amplamente positivos, especialmente na saúde pública, no meio ambiente e na valorização imobiliária.

“A cada real investido em saneamento, economizam-se cerca de quatro reais em saúde”, afirmou.

Atualmente, São Marcos nunca contou com um sistema público de coleta e tratamento de esgoto, utilizando majoritariamente fossas e sumidouros, modelo considerado precário e que contribui para a contaminação do solo, dos arroios e das bacias hidrográficas.

Com a implantação da ETE, o esgoto passará a ser tratado antes de retornar ao meio ambiente, reduzindo riscos de doenças e impactos ambientais. Além disso, imóveis atendidos por água tratada e esgoto coletado tendem a apresentar valorização significativa.

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São Marcos segue movimento regional de adequação

Cassol ressaltou que São Marcos integra um movimento regional de adequação às exigências legais do saneamento básico. Municípios como Antônio Prado, Flores da Cunha, Nova Prata, Serafina Corrêa, Farroupilha, Bento Gonçalves, Gramado e Canela estão em diferentes estágios de implantação de seus sistemas.

“Não é uma escolha, é uma obrigação legal. São Marcos não é diferente e precisa ser atendida”, reforçou.

Ao final, o superintendente deixou uma mensagem à população são-marquense:

“Estamos investindo em algo que nunca foi feito na cidade. É um passo histórico, com retorno direto na saúde, no meio ambiente e na qualidade de vida. Quem sabe, em alguns anos, possamos voltar a ver peixes nos arroios que cortam São Marcos.”