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Helena e Ravi lideram o ranking de nomes mais registrados no Brasil em 2025

O dado confirma uma tendência que vem se fortalecendo ao longo da última década, marcada pela valorização de nomes clássicos, curtos e de fácil pronúncia.

Atualizado em 22/12/2025 às 14:12, por Liliane Cioato.

Imagem ilustrativa

Pelo segundo ano consecutivo, Helena lidera o ranking de nomes mais registrados no Brasil. Somente em 2025, foram 28.271 registros, consolidando o nome como a principal escolha das famílias brasileiras para meninas. O dado confirma uma tendência que vem se fortalecendo ao longo da última década, marcada pela valorização de nomes clássicos, curtos e de fácil pronúncia.

A trajetória de ascensão de Helena chama atenção. Há dez anos, o nome ocupava apenas a 45ª posição no ranking nacional. Em 2017, avançou para o 21º lugar; em 2019, chegou à 15ª colocação. A partir de 2020, passou a liderar a preferência entre os nomes femininos, mantendo-se no topo em todos os anos seguintes, com exceção de 2022, quando foi superado por Maria Alice.

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Os dados fazem parte de um levantamento elaborado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), com base nas informações do Portal da Transparência do Registro Civil, que reúne registros realizados nos cartórios de todo o país.

No ranking geral de 2025, Helena aparece à frente de nomes masculinos e femininos. Logo atrás estão Ravi (21.982 registros) e Miguel (21.654). Entre os dez nomes mais registrados também figuram Maite, Cecilia, Heitor, Arthur, Maria Cecilia, Theo e Aurora, evidenciando o equilíbrio entre nomes tradicionais e escolhas mais modernas.

Quando analisados separadamente, os dados mostram que, entre os nomes femininos, além de Helena, destacam-se Maitê, Cecilia, Maria Cecilia, Aurora, Alice, Laura, Antonella, Isis e Heloisa. Já entre os nomes masculinos, Ravi lidera, seguido por Miguel, Heitor, Arthur, Theo, Gael, Bernardo, Davi, Noah e Samuel.

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Segundo o presidente da Arpen-Brasil, Devanir Garcia, a escolha dos nomes vai além da preferência individual das famílias. “Ela reflete tendências culturais, sociais e midiáticas que influenciam diretamente a sociedade”, avalia. A entidade aponta que a presença crescente de nomes curtos e de fácil pronúncia — como Gael, Ravi, Theo, Noah e Maitê — revela uma busca por simplicidade, boa sonoridade e conexão global.

A Arpen destaca ainda que o movimento combina tradição, especialmente por meio de nomes bíblicos, com a originalidade, impulsionada por influências do universo digital e de figuras públicas.

O interesse pelos nomes também pode ser acompanhado por meio da plataforma Nomes do Brasil, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi atualizada em novembro. A ferramenta permite consultar a frequência, a distribuição geográfica e a idade média de pessoas com determinados nomes e sobrenomes.

De acordo com o IBGE, apesar das mudanças nas preferências ao longo dos anos, o Brasil segue marcado por nomes tradicionais. Maria continua sendo o nome mais comum do país: a cada cem brasileiros, seis se chamam Maria, totalizando cerca de 12,3 milhões de pessoas. O dado reforça que, mesmo com novas tendências, a tradição ainda ocupa um espaço significativo na identidade brasileira.